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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bancos alemães preparam-se para falência de Portugal

Sáb, 25 de Fevereiro de 2012 09:18
Maria Segre, no Monitor Mercantil
Apesar dos elogios dos empoados líderes da Zona do Euro, Portugal evolui rumo ao segundo pacote de salvação e, ainda, a mais duras medidas de frugalidade. Pedro Passos Coelho, o primeiro-ministro (direitista) de Portugal, é exemplo de subserviência política. Não só executa imediatamente qualquer exigência da troica ali enviada, mas adota sozinho, por conta própria, outras mais, em grau que lhe outorga o título de "aluno exemplar de Berlim" na nova época.
Tanto assim que a revista alemã Spiegel, a qual publica ilustração mostrando-o nu, de quatro, com corrente no pescoço e chicote na boca para ser surrado pela chanceler alemã, Angela Merkel. Só que esta imagem de Portugal não protege o país da sanha dos especuladores europeus.
"Independentemente das avaliações dos líderes políticos europeus, no caso de Portugal haverá envolvimento do setor privado ou ocorrerá interrupção de pagamentos", avalia, secamente, relatório do Deutsche Bank.
"É preciso que sejam formulados planos emergenciais imediatos e fidedignos para o caso de Portugal não poder retornar aos mercados de capitais", destaca relatório do Credi-Suisse. Especuladores europeus já calculam em 71% a possibilidade da falência do sistema financeiro português.
Volta em quatro anos
Apesar das histórias de carochinha que contam ao povo o governo português e a troica (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Européia), de que, supostamente, o país retornará aos mercados no segundo semestre de 2013, a avaliação interna da Comissão Européia - órgão executivo da União Européia - apresenta uma situação totalmente diferente.
Segundo revelou a revista alemã Spiegel, "apenas em 2015 ou em 2016 será o país, provavelmente, aceito nos mercados de capitais. Isto significa que os europeus e o FMI deverão fornecer a Portugal mais 25 bilhões de euros, na melhor das hipóteses".
Novo pacote, novas medidas de frugalidade, no momento em que também as medidas da em evolução de "salvação" de Portugal deflagram cada vez mais e maiores reações. Mais de 200 mil manifestantes reuniram-se há uma semana na Praça do Comércio, em Lisboa, protestando contra as medidas de extrema frugalidade impostas ao país.
Importação agrícola
Os salários sofrem cortes contínuos. Os jovens se mudam para o exterior. As ajudas sociais despencam gradualmente. Embora, por causa de salários baixos, existissem muitas e maiores indústrias em Portugal, há décadas que não existem novos investimentos no setor industrial, desde que abriram os mercados da Ásia como área de produção e foram abolidas todas as taxações para venda livre em toda a Europa de todos os produtos produzidos com salário-dia de um euro em países como China, Vietnã e Sudeste Asiático em geral.
Mas Portugal apresenta outros problemas como, por exemplo, importa mais do que exporta, até no setor agrícola. Tradicional país voltado para o campo, Portugal importou produtos agrícolas no valor de 2,5 bilhões de euros mais do que exportou.
Os preços baixos do azeite e dos grãos, em sintonia com as altas subvenções da União Européia, levaram os agricultores portugueses a situação crítica. Não colhem mais azeitonas e cítricos e ficam satisfeitos recebendo as subvenções, julgando que não lhes interessa colher azeitonas e laranjas porque o salário-dia dos imigrantes albaneses e romenos que empregam encareceu demasiadamente.

Fonte: OLN

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