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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Chanceler russo visita a Síria em meio à escalada de violência

Milhares de sírios balançaram bandeiras da Rússia para receber o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que desembarcou em Damasco nesta terça-feira. A visita oficial acontece dias após a Rússia e a China terem vetado uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o presidente Bashar Al-Assad.
Imagens da rede de televisão estatal da Síria mostraram o comboio de Lavrov passando pelas ruas de Damasco em meio a uma multidão de partidários de Assad que demonstrava gratidão ao veto na ONU. O chanceler tem reunião marcada com o presidente sírio ainda nesta terça-feira.
Foto: AP
Embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin (centro), mantém as mãos abaixadas enquanto representantes de Portugal e África do Sul (votam a favor de resolução (04/02)
“Estou aqui para agradecer a Rússia por se manter firme diante da conspiração mundial contra a Síria”, disse a manifestante Manya Abbad, 45 anos. “Gostaria que os países árabes adotassem a mesma postura.”
A visita acontece em meio a uma escalada de violência no país, especialmente na cidade de Homs, alvo de um ataque brutal das forças de segurança desde sábado. Nesta terça-feira, soldados usaram tanques e metralhadoras para tentar recuperar bairros que estão sob o controle de desertores do Exército.
Segundo ativistas, a operação das forças de segurança matou mais de 200 no sábado e pelo menos 70 na segunda-feira apenas em Homs. O aumento da violência levou o governo dos Estados Unidos a fechar sua embaixada no país, enquanto o Reino Unido decidiu convocar seu embaixador em Damasco.


Mulher de Assad
Nesta terça-feira, o jornal britânico The Times publicou uma mensagem que teria sido enviada pela mulher de Assad, Asma, por meio de seu gabinete.
Em sua primeira declaração sobre a crise, Asma, que foi criada no Reino Unido, defendeu o marido. "Assad é o presidente da Síria, não de uma facção de sírios, e a primeira-dama o apoia neste papel", afirmou a mensagem.
"A agenda extremamente cheia da primeira-dama segue dedicada principalmente às associações de caridade com as quais está comprometida há muito tempo, ao desenvolvimento rural e ao respaldo ao presidente. Nestes dias, também atua para estimular o diálogo. Escuta e reconforta as famílias vítimas da violência", acrescentou.
Segundo a publicação britânica, Asma, 36 anos, enviou a mensagem após um artigo publicado pelo jornal questionar como uma mulher “inteligente e educada, criada em país liberal” poderia concordar com o massacre na Síria.
Asma Assad é filha de um médico cardiologista e viveu no bairro de Acton (oeste da capital britânica). Ela é sunita e sua família é de Homs, epicentro dos protestos contra o regime sírio.
A primeira-dama estudou em um colégio privado de Londres, no Imperial College, e trabalhou no banco de investimento J.P.Morgan antes de casar-se com Bashar Al-Assad meses depois de ele assumir o poder, em 2000.
IG Com AP e AFP

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