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quarta-feira, 7 de março de 2012

Revelação importante” Al Jazeera teve acesso a 500.000 documentos americanos!

O Wikileaks, um site da internet especializado na recolha e divulgação de informações confidenciais, prometeu fazer este sábado um “anúncio importante”. Especula-se que irá divulgar cerca de 500.000 documentos secretos sobre a Guerra do Iraque que chegaram à sua posse. O Pentágono já apelou aos media internacionais para que não dêem cobertura ao conteúdo da base de dados que a Wikileaks se prepara para pôr online.
A mensagem colocada pelo Wikileaks no Twitter diz apenas que será feito um “anúncio importante” numa conferência de imprensa, durante a manhã de sábado, na Europa. No entanto, o site especializado em segredos comprometedores foi ele próprio há dias vítima de uma fuga de informação.
A informação em causa é a de que os responsáveis do Wikileaks estarão a preparar-se para publicar documentos classificados do exército dos Estados Unidos sobre a Guerra do Iraque, como já fez, em Julho passado, com 90.000 documentos confidenciais da NATO sobre a guerra do Afeganistão.

Logo que este rumor veio a público o presidente do Wikileaks, Julian Assange, publicou um desmentido algo ambíguo, em que dizia que a sua organização pode publicar, ou não, os documentos, mas não se de dedica a emitir anúncios prévios do facto. Assange, criticou ainda os media que se fizeram eco da notícia, por não terem verificado a veracidade da mesma, e insinuou que o rumor tem como objectivo prejudicar a credibilidade da sua organização.

Pentágono apela ao silêncio dos média

O Pentágono não dá aparentemente crédito às declarações de Assange e insiste que os documentos comprometedores estão prestes a ver a luz do dia. Os responsáveis prometem que os Estados Unidos vão impedir que a revelação dos papéis secretos venha a causar problemas às pessoas que neles são implicadas. De caminho, o ministério norte-americano da Defesa exige que o Wikileaks “devolva os documentos roubados ao Governo dos Estados Unidos e (…) que não os publique”.

“Os media devem ser cautelosos, de modo a não facilitarem a filtração de documentos classificados por esta organização de reputação duvidosa, conhecida por Wikileaks” disse o porta-voz do Pentágono David Lapan. Segundo o coronel Lapan, "a credibilidade do Wikileaks depende da credibilidade que os meios de comunicação derem aos documentos".

De acordo com o porta-voz, os ficheiros provêm de uma base de dados situada no Iraque que continha “factos significativos, relatórios das várias unidades, relatórios tácticos, e coisas desse género”.

Uma equipa de 120 elementos para lidar com a situação

Lapan anunciou também que o Pentágono já formou uma equipa de 120 elementos para lidar com os efeitos da esperada publicação das informações secretas na internet.

Os elementos deste grupo procederam a uma revisão de todos os documentos que se pensa terem caído em poder do Wikileaks e estão preparados para actuar com rapidez logo que estes sejam publicados. A sua missão será a de confirmar se os documentos são mesmo aqueles que se suspeita terem sido desviados e avaliar os danos que poderiam causar.

O Pentágono espera assim mitigar os danos provocados às suas fontes de inteligência e métodos de operações. A principal preocupação, disse o porta-voz, é a de garantir a segurança dos iraquianos que forem identificados nos documentos por terem prestado ajuda às forças dos EUA.

Uma história da guerra "como nunca ninguém viu"

O canal de televisão Al Jazeera cita Spencer Ackerman, um jornalista que efectuou uma cobertura extensa do Wikileaks, segundo o qual os documentos devem incluir “muitos relatórios da linha da frente sobre a forma como as tropas dos EUA encaravam a guerra”

“Uma história da guerra do Iraque que nunca ninguém viu, de 2004 a 2009, vai estar no domínio público” disse este jornalista,

Conitnuando a citar Ackerman, “o Pentágono chegou recentemente à conclusão que o impacto inicial dos documentos sobre o Afeganistão não foi tão grande como receava” Desta vez no entanto, o Wikileaks poderá divulgar mais de 400.000 textos, em vez dos 92.000 que obteve do Afeganistão, e isso diz “poderá ser de facto muito significativo”.

Suécia revogou premissão de residência do fundador do Wikileaks

Sexta-feira à tarde o Wikileats encontrava-se offline “para manutenção de rotina”. Entretanto, o fundador do site Julian Assange está a ser investigado na Suécia por causa de um alegado crime sexual.

Assange nega a acusação e afirma que as alegações fazem parte de uma campanha para o denegrir organizada pelos que se opõe ao seu site. Entretanto o Governo sueco informou que tinha revogado a permissão de residência e de trabalho do fundador do Wikileaks. Assange tinha escolhido a Suécia para trabalhar a fim de tirar partido das estritas leis de protecção da imprensa que vigoram neste país escandinavo.

Fonte: Rádio e Televisão de Portugal

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